Henry Swift

Henry Swift

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

" Pensando sobre amor de pai "

" Meu Pai "



Minha relação com minha família nunca foi das melhores.
A partir dos quatro anos, fui morar na casa da minha avó materna
junto a minha mãe e minhas irmãs ainda de colo. Não consigo me 
recordar de muitas coisas boas, apenas dos castigos diários, 
palavras ruins dirigidas a mim e um tapa na boca, desferido por
minha mãe, quando proferi as palavras "Eu não gosto da minha avó".
Eu era apenas um garoto solitário, tímido, que conversava 
sozinho e sonhava demais.
Antes de ir morar na casa de minha avó materna com todos
os de lá, eu morava na casa de meus avós paternos com os mesmos,
meu pai e minha mãe, que pouco antes dos meus quatro anos, 
separaram-se, acarretando a mudança de casa. De acordo com relatos,
a mãe de meu pai praticamente implorou por minha guarda, à minha
mãe, mas - sabe como é - minha mãe não me deu.
Meu pai, depois disso, nunca foi presente. Não pagava a 
pensão - fora enclausurado até, por causa disso, mas não ficou 
muito tempo -, não mandava noticias e muito menos procurava saber
de nós. Mas é engraçado como a vida dá voltas.
Depois de anos - pouco mais de vinte - voltei para minha 
cidade natal, junto a minha mãe e irmãs e, devido a algumas 
dificuldades, tivemos o auxílio de meu pai que, mesmo com outra 
família e filhos, não pensou duas vezes em acolher e ajudar os
filhos e ex-mulher.


Algumas situações fizeram-me ir morar na casa "de papai",
com sua nova família, onde fui muito bem recebido; onde até levo
bronca se saio e, se não volto, não dou sinal de vida
- Fui adotado por minha madrasta e seus filhos. Mas a "necessidade"
 de seguir com minha vida chegou e alguns planos já vão sendo formados 
em minha mente e eu já estou preparando-os para minha futura partida.
Hoje, quando meu pai chegou do trabalho, conversamos sobre 
algumas coisas relativas à casa e afazeres - Conversamos bastante
sobre muitas coisas, sempre; nossa relação é muito boa - e eu 
comentei sobre minha futura partida. - Surpreendi-me um pouco com
a reação do meu velho - Ele começou a falar, com os olhos brilhando:
"Poxa, depois de acomodado, direitinho... se quer sair, quando volta,
tem comida prontinha, roupa limpinha... a gente se preocupa; todo 
pergunta de você quando chega e não te vê em casa..."
O melhor de tudo foram as ameaças: "Eu não vou deixar você ir.",
"Se eu estiver em casa, não vou deixar você sair pelo portão; vou 
molhar suas roupas e você não vai ter como ir". O velho ainda disse que
se descobrir onde eu estou, chama um amigo, coloca gasolina no carro e
vai atrás; se eu oferecer resistência ele me dá junta com o amigo e me 
levam a força. - E eu ri.
Meu pai me ama muito e eu tenho certeza disso. Seus olhos 
brilhando ao dizer que é loucura eu sair de casa e sua preocupação por
mim são provas mais que evidentes para comprovar isso. E sim, eu amo meu 
velho também. Quando eu era criança e não tinha ele presente, dizia a todos 
que eu não gostava dele, mas hoje é diferente.


As palavras de meu pai, hoje, foram a inspiração para esse "post" e 
eu não tenho vergonha de dizer que amo meu velho. - mesmo que ele diga que 
é mais bonito que eu.. rs - Espero que sua relação com seus pais seja boa
e também te inspire palavras e até mesmo sua vida. Espero que gostem desta
postagem e que continuem acompanhando meu trabalho.

Beijos nos corações ..
By Henry'

Nenhum comentário:

Postar um comentário